Uma marca pode ter várias formas. Pode ser um símbolo, design, nome ou som. Ou, então, representar uma reputação, uma emoção, um grupo de funcionários, um estilo de comunicação e muito mais. Criar uma marca pessoal faz com que você tenha uma vantagem competitiva.

O branding — que é a atividade estratégica de planejar e criar uma marca — é, já há muito tempo, um elemento indispensável no mundo empresarial, mas está se tornando cada vez mais importante também em nível pessoal.

A questão é: como agregar valor à sua própria imagem, de forma que ela contribua para tornar suas relações comerciais valiosas? Continue a leitura e confira a resposta neste post!

Por que devo criar uma marca pessoal?

A construção de uma marca pessoal reconhecível abre oportunidades profissionais. Criar e implementar uma visão para o seu futuro pode trazer resultados bem gratificantes, como:

Quais passos seguir?

Você está procurando um emprego melhor e quer que seu potencial chefe lhe associe a alguma característica ou valor que ele esteja procurando para formar uma equipe?

Quer que clientes (atuais ou potenciais) remetam sua imagem a um sentimento de confiança e sucesso em longo prazo? Veja, a seguir, como criar uma marca pessoal que possa realmente te ajudar a conquistar suas metas de crescimento:

1. Defina seu público-alvo

O primeiro passo é identificar quais pessoas integrarão o seu público-alvo. Para isso, faça uma investigação e descubra o seu objetivo principal.

Se você está procurando um emprego, por exemplo, é preciso mirar em possíveis empregadores. Se pretende começar seu próprio negócio, o público será formado principalmente pelos potenciais clientes.

Mas sua reflexão deve ir além do universo de prováveis chefes ou consumidores. Outros segmentos devem compor sua comunidade de interesse. Só tome cuidado para não se abstrair demais, pois isso pode prejudicar a construção do branding.

É muito importante se concentrar em ser você mesmo e, também, nos seus objetivos. Só assim será possível encontrar os diferenciais que o ajudarão a se destacar em meio à concorrência e a superar os limites.

2. Aprenda a arte da comunicação

É aqui que a mágica acontece. Não apenas ensinando mentes, mas inspirando corações. Se você quer mover e motivar as pessoas, precisa aprender e exercitar a arte da comunicação. Acompanhe as práticas que podem ajudá-lo a construir uma boa e convincente imagem:

2.1. Escrita

Pode ser um post no blog, um livro ou um artigo que alcance as pessoas mesmo que o comunicador esteja longe. Muitas vezes, esse tipo de comunicação tem a vantagem de ser mais neutra, mas ainda com o poder de despertar, subliminarmente, o interesse da audiência.

2.2. Oral ou verbal

É muito pessoal: você fala e os outros podem ouvir o seu tom original de voz e sentir a sua paixão. O podcast é a ferramenta de comunicação verbal mais utilizada no mundo digital.

2.3. Visual

Quando você usa o Skype, por exemplo, está aproveitando o recurso visual desse instrumento tão útil. É possível ver os rostos e as expressões das pessoas, além de acelerar o processo de construção da conexão interpessoal.

E há muitas outras ferramentas que contam com o apoio visual, como as plataformas de Webinar e o Hangouts, do Google+. Aprender a usar de forma eficaz esses meios criará vínculos mais profundos e poderosos, que amplificarão o impacto da sua marca pessoal.

3. Esteja presente (e deixe a sua marca) nas redes sociais

A mídia social é um perfeito — e livre! — espaço para promover positivamente a sua marca. Você pode compartilhar artigos, postagens de blogs e conquistas obtidas junto ao seu cliente.

Mas, antes de sair postando aleatoriamente no Facebook, no Twitter e no Instagram, faça um planejamento estratégico. Pense no que você precisa divulgar e também em como e com qual periodicidade isso será feito.

Caso contrário, o tiro pode sair pela culatra — e o potencial de sua imagem acabará minado. Além dos posts, você também pode participar de conversas online relevantes para a concretização do seu objetivo, usando hashtags de tendências ou temas mais populares na sua área de atuação.

Apenas certifique-se de que tudo o que for postado nas redes sociais dê, realmente, uma boa contribuição para a sua reputação.

4. Construa uma boa network

Em tempos de globalização, construir uma boa network (rede profissional, em português) pode fazer toda a diferença. Afinal, não basta desenvolver sua marca: é preciso compartilhá-la, o máximo possível, com profissionais da área.

Aproveite as oportunidades em sua cidade ou na empresa em que trabalha para conhecer novas pessoas. Você pode fazer amigos, se aproximar de novos clientes ou até mesmo encontrar parceiros para trabalhar quando precisar sair do escritório!

Lembre-se de que é essencial ter alguém para comentar sobre sua reputação, sendo que amigos e conhecidos são as pessoas mais adequadas para isso.

5. Cuide de sua imagem

Já que o objetivo é construir uma marca pessoal — e fazê-la bombar —, é vital que você saiba como gerenciar sua imagem, uma vez que as pessoas, os contatos, os potenciais clientes e as empresas saberão tudo sobre você e observarão todos os seus passos. Mas como fazer isso?

Em primeiro lugar, é preciso definir um padrão de comunicação para cada rede social, respeitando suas peculiaridades e linguagens. O LinkedIn, por exemplo, é uma mídia mais formal e focada em assuntos corporativos/profissionais.

Já o Facebook é mais pessoal, “íntimo”, livre. Entretanto, seu modo de comunicar, seus ideais e suas opiniões devem ser adequadamente expressos em ambas as plataformas.

Tome cuidado, também, com fotos e imagens. Se necessário, restrinja o acesso ao seu perfil. E outra dica: as pessoas gostam, acima de tudo, de autenticidade. Por isso, seja você mesmo sempre, ainda que não agrade a todos.

6. Mantenha o foco na construção de uma autoridade

A autoridade, quando se fala na criação de uma marca pessoal, é muito importante. Afinal, é essa postura que define se você pode (ou não) ser levado a sério pelos outros. E, para obtê-la, é preciso investir em marketing de conteúdo.

Logo, você deve postar conteúdo informativo, crítico e relevante, que não só mostre a sua opinião, como também aborde clara e objetivamente o assunto de interesse, de maneira que todos entendam.

Quanto mais informação você publicar, atualizar e compartilhar — com dados verdadeiros —, mais se tornará referência naquele assunto, o que aumentará o grau de exposição, a visibilidade online, a rede de contatos e a sua network. A presença nas mídias sociais é, portanto, bastante valiosa.

Quais atitudes não são recomendadas?

Bom, até aqui falamos sobre o que você pode e deve fazer para criar uma boa marca. Mas e o que não é recomendado? Vamos ver esses pontos agora:

1. Fazer overposting

Muitas pessoas confundem a necessidade de postar conteúdos, fotos ou notícias frequentemente e acabam exagerando. A prática conhecida como “overposting” consiste em publicar vários itens em um curto espaço de tempo.

Isso é ruim, pois o público não gosta de entrar nas redes sociais e ver várias postagens de uma só pessoa ou empresa. Além de ser cansativo, é muito exagerado.

Portanto, crie uma estratégia de marketing digital. Planeje suas publicações, avalie os melhores dias (e horários) e encontre o equilíbrio. Tenha o cuidado de estabelecer uma frequência que não canse seus seguidores.

2. Divulgar notícias falsas

Postar notícias falsas é péssimo para o sucesso de uma marca pessoal. Não faça isso, de forma alguma. Na internet, é muito fácil desmentir informações — e você pode acabar passando vergonha se espalhar um dado não verdadeiro.

Além disso, sua credibilidade está em jogo (e ela vale muito!). Criar uma imagem confiável, que seja referência em um determinado assunto, pode demorar certo tempo. Porém, você pode perdê-la rapidamente.

Portanto, verifique e certifique-se de que todas as informações transmitidas sejam verdadeiras. Utilize somente fontes confiáveis e procure validar os dados com outras pesquisas.

3. Copiar conteúdo

Outra atitude que não é bem-vinda para criar uma marca pessoal é copiar conteúdos de outras fontes. O público pode identificar esse ato facilmente e definir a sua imagem como pouco relevante, sem novidades e desinteressante.

Além de estar reproduzindo um material elaborado por outra pessoa, essa prática não atrai sua rede de contatos. Imagine que as pessoas que você quer alcançar já viram essa informação na fonte original. Por qual motivo elas se interessariam, novamente, pelos mesmos dados?

Seja autêntico ao criar seus artigos e suas postagens. Nunca deixe de verificar as referências das informações e trazer itens novos aos leitores que te seguem.

4. Estimular discussões apenas pela polêmica

Esse é um ponto muito perigoso. Várias pessoas se enganam achando que o único objetivo com um blog, canal, perfil em redes sociais ou qualquer outra forma de marca pessoal é criar engajamento.

Sim, seguidores participativos são o principal medidor do sucesso de sua marca. Mas essa interação tem de ser positiva.

Trazer discussões sobre assuntos polêmicos pode tirar o foco da sua imagem e criar relações conflitantes. Suas informações chegarão para diversas pessoas, com gostos diferentes, posicionamentos variados e ideias distintas. Então, entrar em debates só fará com que você crie conflitos.

Por isso, evite temas polêmicos e não entre em discussões.

Como criar uma marca pessoal pode me tornar um influenciador?

Um influenciador é uma pessoa que consegue estimular grupos específicos a adotar determinada ação ou aderir a algum pensamento. Provavelmente, você já se deparou com um deles.

Nas redes sociais, esses indivíduos têm perfis com um alto número de seguidores. Seja no Facebook, no Instagram ou no YouTube… Seus fãs acompanham tudo o que é postado e interagem com as informações divulgadas.

Com o alto engajamento e o poder que os influenciadores têm, eles se tornaram uma ferramenta poderosa. Várias empresas enxergaram o potencial de utilizar essas pessoas para divulgar produtos ou marcas, fazer lançamentos, propor discussões e realizar pesquisas.

Mas, para que alguém se torne influenciador, é preciso cuidar de sua marca pessoal e de seus seguidores. Para isso, todos os itens que já levantamos neste artigo — “o que fazer para criar uma marca pessoal?” e “o que não é recomendado para criar uma marca pessoal?” — devem ser seguidos à risca.

Em quais redes sociais é indicado investir?

Bom, depende muito do seu objetivo e do seu público-alvo.

Se a meta é conquistar uma boa oportunidade de trabalho, por exemplo, é interessante que você crie ou revise um perfil no LinkedIn. Essa rede social é mais voltada para a parte profissional, possibilitando estabelecer conexões importantes, exaltar seus conhecimentos, suas experiências e suas conquistas.

Já o Facebook é uma mídia social geral, que pode, sim, ser usada para os negócios, mas também conta com perfis pessoais, utilizados para o entretenimento.

Porém, uma dica extremamente importante é ter equilíbrio. É comum ver pessoas que estão buscando chances de trabalho investirem em um perfil no Linkedin, mostrando bastante profissionalismo e comprometimento com valores e ideais. Mas, quando se olha o perfil no Facebook, é como se encontrássemos outros indivíduos.

Isso é péssimo e muito fácil de ser revelado. Os recrutadores avaliam todos os seus perfis nas redes. Então, seja natural, mostre aquilo que você realmente é e evite os exageros. Além de manter uma privacidade, você investe na sua credibilidade.

Outro ponto que deve ser levado em conta na escolha das mídias sociais é o público-alvo. Você deve avaliar em quais redes o seu nicho está presente e quais objetivos estão em sua mente. Afinal, não adianta investir em um canal que não é utilizado por aquelas pessoas que você quer atingir, não é mesmo?

Como uma marca pessoal sólida pode fazer toda a diferença?

Vimos que criar uma marca pessoal sólida pode atrair novas oportunidades. Para isso, é necessário planejar, conhecer o público-alvo e empregar bem as formas de comunicação — escrita, visual, oral ou verbal.

Deve-se, ainda, utilizar os recursos disponíveis, como as redes sociais. Construir uma boa rede de contatos também é uma excelente forma de consolidar sua marca pessoal. É necessário cuidar da sua imagem e sempre focar em criar autoridade — para que, assim, você se torne uma referência.

Evite publicações excessivas nas mídias sociais, verifique a autenticidade das informações passadas, não copie conteúdos e fuja de assuntos muito polêmicos. Seguindo essas dicas, além de criar uma marca de sucesso, você pode se tornar um influenciador, impactando diretamente na opinião e na decisão de seus seguidores.

Escolha corretamente os canais nos quais investirá — de acordo com o objetivo traçado e o estudo do seu público-alvo — e não se esqueça de que todas as informações postadas na internet são facilmente encontradas e validadas (ou não).

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