As atualizações constantes fazem do Instagram uma plataforma capaz de seguir facilmente o comportamento massivo de usuários na internet e até mesmo ditar novos padrões de interação com conteúdo, como é o caso da implementação de compras direto no aplicativo.
Com tantos anos de mercado, hoje fica um pouco mais fácil de prever alguns dos passos que o time do Instagram pode dar no futuro e até arriscamos (e acertamos bastante, viu?) alguns palpites para o ano de 2019.
Pra não perder o hábito, convocamos novamente o nosso time para adivinhar quais serão os próximos passos que o Instagram vai dar no ano que vem. Confere no texto!
Melhorias, integração e app do Estúdio de Criação
Muito ouvimos falar sobre o Creator Studio este ano. Antes, o que era responsável apenas por administrarconteúdos para páginas do Facebook, agora serve para reunir informações também do Instagram, agendar publicações, realizar posts de IGTV e outros recursos para que empresas possam gerenciar e monetizar páginas.
A ferramenta parece ter um grande potencial para agregar recursos, certo? Por enquanto, ela ainda está no que acreditamos ser uma fase de adaptação –– e não tem sido nada fácil pra quem está começando a utilizá-la agora.
Aqui, a nossa aposta é simples: unindo o útil ao agradável, o Estúdio de Criação deverá servir para manter as contas do Instagram e Facebook cada vez mais correlacionadas, com o site já existente e a criação de um aplicativo para unir todas as funcionalidades. Com essa manobra, será possível manter as contas de negócio ativas por mais tempo no Facebook, que já registrou queda entre os usuários em abril deste ano.
Foco em criadores de conteúdo
Os testes em contas especiais para criadores de conteúdo lá em meados de 2018 deixavam bem evidente que a plataforma estava disposta a aprimorar sua interface para abarcar quem quisesse criar conteúdo dentro dela.
Várias atualizações depois, hoje temos não só a diversidade de conteúdos para feed (como os mosaicos artísticos que interligam um post a outro), mas também a criação extensa de filtros para stories, conteúdo informativo no IGTV e o cenas, recurso bem semelhante ao app TikTok. Além dessas novas funcionalidades, vieram também outras nomenclaturas para categorizar o tipo de conteúdo que você fornece.
A gente aposta bastante que o Instagram que ser esse espaço ideal para todo mundo e vai seguir se adequando pra fornecer ferramentas que deixem os usuários mais livres para criar conteúdo, independente do seu formato.
Mais queda de alcance e engajamento para 2020
Não estamos sendo fatalistas, certo? Mais pessoas online, mais anúncios = mais disputa por atenção na timeline. Essa é uma matemática simples.
Entre os meses de janeiro e junho deste ano, uma empresa americana de análise de dados focou seus estudos no engajamento do Instagram. Para a análise, foram utilizadas mais de três mil contas de marcas com números entre 12 mil e 8 milhões de seguidores. O resultado é algo que todas as contas de marcas já vem sentindo: a queda do engajamento mês a mês.
Um outro fato muito interessante é que, em agosto deste mês, o Facebook dobrou a quantidade de anúncios dispostos na rede social, que hoje é responsável por um quarto da receita geral do império de Mark Zuckerberg.
Pra gente, as quedas, tanto no alcance como no engajamento, serão um tema bem frequente ano que vem. Seja para abarcar a entrada de novas contas, por conta de mudanças no algoritmo ou até mesmo para favorecer a compra de anúncios.
Cuidados com a saúde mental do usuário
Quem vê feed não vê coração. De acordo com estudos da Royal Society for Public Health, o Instagram encabeça a lista de redes sociais mais prejudiciais à saúde mental de seus usuários.
De acordo com o estudo, 64% das pessoas entre 18 e 29 anos possuem contas na rede social. Em meio a um mar de conteúdos com momentos perfeitos, viagens, vídeos, fotos e edições bem elaboradas, é muito fácil cair em gatilhos de ansiedade e solidão, principalmente sendo o público que mais produz conteúdo e, consequentemente, o que se expõe com mais frequência.
E mesmo que a plataforma tenha adicionado uma aba onde podemos monitorar a nossa atividade dentro da plataforma, com a média de tempo que gastamos dentro da rede e até mesmo lembretes para limitar o uso diário, a taxa de evasão por motivos de saúde mental é algo que ameaça a hegemonia do aplicativo.
Por isso, acreditamos que um dos grandes desafios para 2020 será identificar e combater dentro do aplicativo os gatilhos que reforçam o comportamentos excessivos e nocivos, responsáveis pela ansiedade e a consequente saída de usuários mais jovens, como foram as recentes exclusões dos likes e da aba Seguindo, por exemplo.
Novos recursos para eliminar a concorrência
No começo deste ano, os cofundadores do Instagram abriram o jogo: os Stories tinham sim o objetivo de minar o crescimento do Snapchat.
Com a implementação do recurso bastante semelhante (para não dizer idêntico) ao aplicativo rival, em 2017 o Instagram chegava a alcançar 200 milhões de usuários por dia com os Stories. Em questão de meses, os perfis que eram preenchidos com links para o Snapchat foram diminuindo, o que inviabilizou gradativamente a ponte que existia entre os dois aplicativos.
Além do IGTV, feito para abarcar usuários que preferem conteúdos em vídeo como o YouTube, recentemente o Instagram incorporou o recurso cenas, que é bastante semelhante ao chinês TikTok, que hoje atinge uma boa parcela do público mais jovem.
Então, essa é uma aposta certeira: o Instagram vai continuar seguindo c̶o̶p̶i̶a̶n̶d̶o̶ algumas tendências entre aplicativos e comportamentos para manter o público ainda mais imerso na plataforma e permanecer em primeiro entre a concorrência.
Conclusão
Essas são as apostas da nossa equipe para o ano que vem! E você quer arriscar alguma coisa? É só enviar nos comentários!